quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Todas as noites

A insónia mora nos cantos deste quarto. Esconde-se no armário quando me vê entrar. Espera por mim dentro dos bolsos dos casacos. Vem deitar-se ao meu lado depois da minha segunda hora de sono. Juntas, vemos chegar o alvorecer. 
E é só então que nos separamos.
Tu moras dentro da insónia. Escondes-te no seu vértice. Fazes-te sentir pela insídia. Amanhecendo-me. 
Todas as noites. 

4 comentários:

  1. chá de calos de alface, dizem, que nunca provei... o meu remédio é deitar o corpo só umas horas e a cabeça apenas uns minutos... e a sónia nunca mais cá dormiu, mas a tua parece caso sério... vai no chá :)

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  2. A minha reside em sucessivos espasmos do diafragma que parecem querer sair pelo boca aos sopetões. Imparável e incansável no seu posto há 5 noites...

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