Podia ter enterrado na carne o mais frio dos cilícios; espalhado vidro mal moído e ajoelhado-me sobre ele durante horas a fio; escaldado as solas dos pés nas pedras incandescentes do jardim ou mesmo ter-me perdido num deserto desconhecido e por ele me arrastar até que pelas minhas veias circulasse mais areia do que sangue. Mas em vez de qualquer uma destas boas velhas formas de autoflagelação, fiz a má escolha de ouvi-lo uma última vez mais.
* (também tenho o tal sinal)
* (também tenho o tal sinal)
Ui. Nem quero saber o que disse...
ResponderEliminarDevemos sempre optar por métodos de autoflagelação homologados. Os que têm o selo da igreja católica, por exemplo, parecem-me seguros. Já foram muito testados...
EliminarHá um rapaz, chamado Anthony Robbins, que fez fortuna a ensinar as gentes a andar sobre brasas: a autoflagelação tradicional está muito desvalorizada também...
ResponderEliminarTem toda a razão. Até os cilícios parecem objetos de design post moderno...
EliminarComo se atreve a usar o meu sinal?
ResponderEliminar(blasfémia!)
É para que o mundo veja que a minha inveja não tem limites!
EliminarVou retaliar. Passarei a usar dois asteriscos. Sempre quero ver o que fará...
EliminarNão pode... pois se é um sinal combinado... colocaria em risco a eficácia da comunicação.
Eliminarenjoaste pelos ouvidos?
ResponderEliminarPelos poros!!
Eliminarpodemos sempre encarar estas coisas de uma maneira pedagógica, sermos os nossos próprios psicólogos em modo estímulo - análise de resposta, aprendizagem pela experiência.
ResponderEliminara autoflagelação é uma boa forma de higienizar afectos.
Não acredito na psicologia, mas a parte de higienizar afetos já me parece muito bem.
Eliminar...E ouvi-lo, deixou-lhe marcas profundas, ou foi assim coisa de entrar a cem e sair a duzentos?
ResponderEliminarPS- Esse sinal está sem valor comunicacional. Para o validar tem de o colocar tal qual está em cima: entre parênteses...e mesmo assim...