Eu, que toda a minha vida tive imensa boa sorte, tenho aquela teoria que um dia vives feliz e satisfeito no olimpo e aquilo que é essencial está tão solidamente construído debaixo dos teus pés que nem sequer te ocorre olhar para baixo e, de repente, uma inusitada contrariedade terrena; um insignificante grão de areia; uma inesperada folha que cai da árvore antes do seu tempo, inaugura toda uma existência de misérias e sortes malvadas que nunca antes sequer configuraste como possível que te pudessem acontecer a ti.
É por isso, e apenas por isso, que não consigo deixar de olhar com apreensão supersticiosa para aquela mensagem a que não me responderam.
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