Como Xerazade ao rei Schahriar, também eu, na sexcentésima segunda noite, haverei de contar-te a história que já é a tua.
Serei gentil com as tuas fraquezas. Procurarei atenuá-las com rendas e cetins.
Indignar-te-ás com os traços de cobardia e não te reconhecerás no liso espelho.
Então, condenar-te-ás com uma dureza mil e uma vezes superior àquela de que eu seria capaz.
Depois adormeceremos em paz, apenas para que, no dia seguinte, te deixe viver um outro por-do-sol.
Creio que quem consegue adormecer em paz após tal condenação (mil vezes superior, etcoetera) merecerá viver mais do que apenas um por-do-sol condicional.
ResponderEliminarNão sei nada sobre isso de merecimentos!
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Cuca, a Pirata mais benévola :)
ResponderEliminar"Apenas um outro por-do-sol" ou apenas "um outro por-do-sol"?
ResponderEliminarUm outro por-do-sol e apenas por ele adormeceremos em paz.
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