Aparentemente, a pessoa que fui sentiu a necessidade de deixar escrito à pessoa que sou, num livro ao qual sabia que voltaria, o seguinte recado:
Preservar a frágil fórmula química do cérebro.
Mais de oito anos volvidos, constato ser a única instrução relevante que pretendo dar à pessoa que serei.
Decidi rescrevê-lo num dicionário de mitologia grega. Não quero correr o risco de passar outros oito anos sem receber ordens minhas.
dava-me jeito saber como isso se faz...e de que maneira...
ResponderEliminarNo meu caso, mantendo uma rigorosa disciplina de algumas horas semanais de puro ócio.
EliminarSe calhar ando a praticar em demasia, o ócio, que a fórmula química se deteriora a cada dia. Vamos negociar?
EliminarEsta receita não é para ti, Lady Kina.
EliminarTu és uma maluquinha experiente! Podes saltar já para a fase dos químicos!
:)))
Isso é de dificil aplicação...
EliminarHum.
ResponderEliminarA facilidade prende-se, c'o correr do tempo, aquilo que é costume designar-se por "disciplina" (uma indisciplina, simplemesnte, tão disciplinada quão possível for).
Xaninha, é preciso disciplina para manter o espaço da indisciplina.
Eliminare há maneira de saber se o eu-antes era mais lúcido que o eu-agora?
ResponderEliminaré agarrar a loucura pelos suspensórios e torná-la nossa, remover-lhe a abstracção e o desgrenhado laço ao pescoço.
Isso é a loucura boa. Mas a loucura que resulta do desiquilibrio químico do cérebro não é boa.
EliminarO eu que fomos que nos manteve funcionais até aqui merece sempre ser ouvido.