Conheci a tristeza desolada de algumas mortes mas o permanente desgosto de uma única. A falta é um frio que nos encarquilha os ossos por dentro. É um órgão desenhado a vácuo que se instala entre os demais e reclama o seu espaço nas entranhas. Não admira, pois, que as nossas células trabalhem ativamente na sua rejeição.
O dia dos mortos é a terra de exílio das ausências desesperadas que o corpo já expulsou.
Um dia também eu conseguirei, neste dia, festejar o meu morto.
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