Havia um jardim de laranjeiras, morada permanente da primavera, estendido no cume de uma montanha, com vista para o deserto, a nascente, e para o mar, a poente. Foi lá que balouçámos as tardes até ao derradeiro segundo de vida do sol.
Depois veio a noite e a sombra alta das árvores aprisionou-me os dias.
Paguei a minha liberdade com o que de mais valioso trazia comigo: três versos de Herberto.
Esses, que o vento haveria de semear pelo mundo e existem, agora, na boca das crianças; na cauda das nuvens; no asfalto das pontes; na página impressa; na íris dos amantes.
Esses, que me agrilhoam o pé à sombra de um jardim de laranjeiras.
devo estar no sítio errado :)
ResponderEliminarou num sonho
Este é definitivamente o sítio certo!!!
Eliminar:)
num sonho certamente, abandonado de ar e fogo, sal de lágrimas derramado sobre um corpo de terra.
ResponderEliminarmas volta a florir. o tempo é implacável, até sobre a memória.
O tempo é um pouco como deus, só existe para quem acredita nele.
Eliminarah, o Tempo, o grande carrasco, o único que lá estará, no fim de todas as coisas, na morte entrópica do universo.
Eliminarboa semana cara Pirata!
Devíamos revoltar-nos contra o tempo. Expulsá-lo do templo, abandoná-lo ao desprezo, esquecê-lo ...
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