segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Ilimitadamente

Há um verso de Borges que me colonizou a memória,
Há uma praça longínqua que percorro todas as noites,
Há um retrato meu que não voltarei a ver,
Há uma porta que manterei aberta até ao último dos dias,
E entre as músicas que tocaram na minha sala, há uma que não voltarei a ouvir.
Já perdi a conta às madrugadas,
A vida usa-me, inclemente.

Em resposta ao poema de Borges, Limites, O Fazedor, Obras Completas, II, Teorema, pg. 225

3 comentários:

  1. https://www.poeticous.com/borges/limites?locale=es

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  2. Misturava aqui Bukowski: "os deuses aguardam por se deliciarem em ti. Mas a tua vida é a tia vida..."

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