Acordei trinta segundos antes do despertador. Aluguei o cérebro durante as horas da manhã. Não me lembro o que sucedeu depois do almoço. Ouvi mentiras durante a segunda metade da tarde. Cortei no papel o terço médio do indicador. No regresso a casa Joe Dassin perguntou-me por que existiria se eu não existisse, pá. Comi sem culpa meio pacote de bolinhos de areia.
Detesto os dias em que a poesia não me encontra.
já levo tantos desses, que, parece-me, já nem a prosa quer nada comigo.
ResponderEliminarHoje havia uma lua sobre o azul por cima de uma barra de nuvens cor de rosa. Mas nem isso foi suficiente para banir a esterilidade do quotiadiano. Raios!
Eliminaranda uma tristeza peganhenta no ar.
ResponderEliminarAnda. Talvez a chuva que aí vem a lave.
EliminarNunca mais vou ouvir "Et si tu n'existais pas" sem pensar em "pá". Agora fiquei a tautear "Ne me quites pas", em modo livre "Não me deixes, pá".
ResponderEliminarE ainda dizes que a poesia não te encontra. Que faria.
Ne me quites, pá, é ainda melhor. Assim em jeito de oh pá não me quites que ainda me passo e contrato uns tipos para te partirem as pernas.
EliminarQue texto lindo!
ResponderEliminarSe as inutilidades servem para escrever assim...continue!
Obrigada, acho eu. :)
EliminarTenho de aproveitar melhor as inutilidades.
Eu acho que um pacote de bolinhos de areia é coisa para uma pessoa se empanturrar de poesia.
ResponderEliminarAinda há um resto no fundo. Talvez comendo-os consiga escrever qualquer coisa...
Eliminar:))
desconfio que andas a precisar de usar óculos... tu e mais umas quantas que aqui andam que nã estão a ver o potencial da coisa...
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