Não esperes que cozinhe. Nem que limpe a casa. Nem que trate da roupa. Dá tu as instruções à empregada.
Não me peças que conduza a menos que estejas cansado.
Nunca me mintas ainda que a verdade te dê muito trabalho. Se for grave, serás descoberto.
Escolhe a praia em vez do campo e pede tarte de maçã em vez de bolo de chocolate.
Não perguntes pelos meus pensamentos, não me relates as notícias do teu jornal, não me obrigues a ver futebol.
Escolhe o vinho mas opta por aquele que tens a certeza que vou gostar.
Tem certezas. E sonhos. Reserva um que seja impossível de concretizar.
Não me corrijas em público, mas avisa-me em privado. Podes gozar comigo. Ninguém o fará tanto como eu própria.
Se fores pobre ou sovina, sofre em em silêncio e não faças contas ao dinheiro na minha presença.
Interessa-te pelas minhas músicas e pelos meus livros, eu interessar-me-ei sempre pelos teus.
Às vezes regresso a casa cansada ou triste. Não me peças que te explique e conta-me anedotas ao ouvido.
Ama o silêncio.
Não me perguntes pelo meu passado e não tragas o teu para dentro do meu presente.
Bebe café e álcool e come carne. Desconfio de quem não o faz.
Deixa-me comprar-te coisas.
Faz aquilo que te pedir. Pedir-te-ei raríssimas vezes.
Existe comigo numa realidade paralela.
Não morras e sobretudo não te mates.
Inspirado neste post do Pipoco Mais Salgado que, por sua vez, se inspirou neste post da Domadora de Camaleões.
Bem inspirado e melhor conseguido, por ter aquele sabor genuíno da autenticidade.
ResponderEliminarBom Sábado, Cuca :)
Excelente. Como (quase) sempre.
ResponderEliminarMuito bom. Acho que vou usar os três posts como inspiração ;-)
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