Como uma ave que se desninha. É assim que o lembro. A cair aos tropeções, de asas fechadas, unidas ao peito, o mar a aproximar-se cada vez mais depressa, dir-se-ia que a subir a falésia.
O mar.
Os rostos assumem uma expressão própria quando a alma lhes é centrifugada.
É assim que o lembro.
Os olhos a refletirem episódios do pecado, como quem os vomita.
Diz-me agora a lua,
A ave terá sobrevivido ao mergulho, sacudido as penas, reerguido as asas.
Ensaiará um voo.
Talvez recupere os pecados de que se alimenta.
O mar.
Mas os rostos assumem uma expressão própria quando a alma lhes é centrifugada.
Uma expressão inesquecível.
E é assim que o lembrarei.
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