Desinteressadamente, vamos coabitando o mesmo espaço. Por vezes, cruzamo-nos no hall de entrada, à saída do quarto, ou dentro de um elevador. Nada lhe pergunto sobre a expressão de louca que, quando julga que a não a vejo, repousa no fundo do seu olhar. Retribui-me o favor fingindo ignorar a minha existência. Em casa, dividimos os livros, os filmes, o piano, as roupas, o cão. Na rua, existimos à vez. Creio que ambas sabemos que nascerá o dia em que teremos de nos sentar na mesma cadeira e negociar os traços de um futuro comum. Enquanto essa madrugada não vier, somos uma organização empresarial, em contínua gestão administrativa, paralisada pela falta de quórum.
A falta de quórum torna-se complicada caso tenha de existir uma decisão!
ResponderEliminarboa noite
-___-
Deveras!!
Eliminar:)
o que me admira a mim é como, tendo tu mais um par de mãos à disposição, abandonas Aleph à sua sorte.
ResponderEliminarÉ que a outra é muito preguiçosa...
EliminarNão podia concordar mais com a flor.
ResponderEliminar(é uma excelente maneira de dizer as coisas, à cautela, que isto pirataria nunca se sabe, ainda vou parar à mistela, perdão, ao suculento jantar preparado pelo cozinheiro de nome impronunciável se me atrever a algum tipo de lamechice, por exemplo, que os escritos da Capitã fazem muita falta e assim...)
De facto, é inadmissível que essas quatro mãos não se organizem para escrever.
Pode ser fofinha à vontade. Estamos na quaresma e assim...
EliminarBom fim de semana, Cláudia.
:)