Não chegou a prometida paz. Ninguém escapou ao tempo mas também ninguém esqueceu. O perdão acenou-nos lá do fundo do seu horizonte sem jamais ser tangido.
São indispensáveis milhões de anos para limar a aresta de uma rocha. Os homens contam o tempo numa medida menos desesperada: Em crepúsculos, auroras, solstícios, equinócios. É a resiliência das rochas que nos força a encontrar um sentido para tão inútil curta existência.
Escolhemos o erro e o arrependimento com a displicência com que poderíamos ter escolhido o acerto e a glória.
Agora a moeda caiu no mar profundo e sobreviver-nos-á. Pertence aos deuses o segredo do rosto da vitória.
Os dias que nos sobram serão de frio ou calor, de nuvens ou de céu, da tristeza que é a nossa pena ou da felicidade que é a nossa evasão à pena.
Mas não virá nenhuma paz, nenhum perdão. Como o previu o poeta, nenhum outro céu, nenhum outro inferno.
são só dias de erro...
ResponderEliminarEsperemos pelos de acerto.
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