Alugo o corpo aos dias entre gestos repetidos e a ligeira nostalgia da liberdade. Nenhuma música embala a pressa. Nenhum poema prenuncia a manhã. Afogo na chávena de café o sono, o cansaço, o tédio. Há um relógio em cima da ampulheta e por baixo desta há uma clepsidra. Medem a escravidão. Das janelas vê-se o azul do céu. Sonho, às vezes, que um dia será meu.
Ensinaram-me que é do chão que vem o medo. Esta forma de coragem, porém, é de oriente ignoto.
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