Não sei dizer o que veio primeiro: Se as áridas noites que agora durmo abandonadas pelos sonhos que não me dou ao incómodo de sonhar; se a sucessão de dias que agora vivo despovoados de objetivos longínquos que não me dou ao incómodo de traçar. Sei que há uma espécie de felicidade nesta coerência de imbecilidades. Como se, por fim, tivesse chegado o momento em que já não preciso de mentir a mim própria.
Por vezes, acordo durante a noite e observo o meu cão enquanto sonha.
É uma criatura mais complexa do que eu.
Cuca, estou aqui a pensar se um jejum de complexidade não poderá fazer muitíssimo bem, será uma espécie de sumo detox? (nunca experimentei), para além de que isso de conseguirmos não ser complexos, nem que seja por pouco tempo, parece-me tão difícil como aquilo de conseguirmos usufruir/viver o presente sem agrilhoamentos ao passado ou a pensar no futuro.
ResponderEliminarÉ maravilhosamente certeira a comparação com os sumos detox. A desintoxicação mental faz-nos sentir magérrimas!
EliminarIsso já passa!
ResponderEliminarEspero que não. A imbecilidade é uma velha ambição minha.
Eliminar:)