Amanheceu o cheiro da chuva hoje, pela primeira vez em demasiado tempo.
A pele já havia esquecido como são frias as gotas da chuva quando nos caem entre o pescoço e as omoplatas e deslizam livres pelas costas. É a chuva boa.
A alma, percebi-o, não esqueceu o dia em que a chuva veio e na sua violência afogou as rosas, levou os caminhos, impôs o silêncio ao mar. É a chuva má.
Chuva boa e à borla... para nã dizer grátis...
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