ela não é de contar contos.
tenho nas pernas aquele formigueiro do entorpecimento, não sei se de tanto andar se de tanto não andar. e se eu descobrisse que não ando há anos? era como se não fosse nada porque quanto a isso já nada podia fazer.
é como a rinite.
não sou capaz d’escrever e resvalo. que pena, eu bem gostava descrever qualquer coisa de digno. mas eu sou de surrealismos foleiros de bairro.
e depois vem o espelhinho, aquele que não tenho em casa. não tenho mas ele faz-se convidado. muito educado, toca à campainha. é aquela visita de Domingo à tarde que ninguém espera muito menos quer. que não se pode ignorar porque já viu luz nas janelas. que traz presentes e doces para o lanche. doces enjoativos. e uma compota feita por ele. puta que pariu para ele. instala-se e só vai embora depois de me nausear o bastante. ódio de lágrimas.
acho que vou antes aderir ao tumblr.
a verdade é que.
há noites em que ela nem tem noção. do medo.
tenho nas pernas aquele formigueiro do entorpecimento, não sei se de tanto andar se de tanto não andar. e se eu descobrisse que não ando há anos? era como se não fosse nada porque quanto a isso já nada podia fazer.
é como a rinite.
não sou capaz d’escrever e resvalo. que pena, eu bem gostava descrever qualquer coisa de digno. mas eu sou de surrealismos foleiros de bairro.
e depois vem o espelhinho, aquele que não tenho em casa. não tenho mas ele faz-se convidado. muito educado, toca à campainha. é aquela visita de Domingo à tarde que ninguém espera muito menos quer. que não se pode ignorar porque já viu luz nas janelas. que traz presentes e doces para o lanche. doces enjoativos. e uma compota feita por ele. puta que pariu para ele. instala-se e só vai embora depois de me nausear o bastante. ódio de lágrimas.
acho que vou antes aderir ao tumblr.
a verdade é que.
há noites em que ela nem tem noção. do medo.
“Os instintos não são bons nem maus. São o que são.”
ResponderEliminarJá ninguém estranhava aquelas letras, emolduradas por trás dele, o da bata cinza-tempo desbotada de tardes. Ninguém.
Mas ganharam mais sentido as palavras quando, no caxilho daquele momento, o corpo tombava no balcão vermelho da cabeça. O metal quente ao lado e o furo paralelo a um lápis de orelha.
Ela passou, parou, espreitou e pensou: puta que pariu os surrealismos foleiros de bairro.
[noodles vampiriza mais umas ideias. entre o agradecido, o envergonhado e o traquinas]
então é assim que eu soo aos demais...
ResponderEliminarerotismos de padeiro de bairro.
tudo menos foleiro.
e soa muito bem, cara medusa.
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