para nos salvar da banalidade
inventei o amor.
Na palma da tua mão aberta pousei o engenho de asas sobredimensionadas.
Mas vi a sua sombra cruzar a lua
e não sei se a vertigem
foi perda
ou
foi orgulho.
O amor, dizes-me, não nos salvou.
Pequenas são sempre as mãos para as asas,
penso,
quando o amor é ave
que se inventa
a lápis azul.
Mas sabes, Cuca, penso que é uma invenção genial, o amor, quando é assim tão bem-intencionada. Devemos perdoar o embuste da ilusão, tentar conferir transcendência à vulgaridade da existência, parece-me muito nobre (estou aqui também capaz de dizer, de uma forma muito mais prática, que pode mesmo ser uma invenção de grande utilidade)
ResponderEliminarComo qualquer geringonça, tende a voltar-se contra nós...
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