sábado, 12 de março de 2016

Tristeza

Ele trazia a tristeza pendurada na voz. 
É esta a frase que desde ontem me importuna como se zumbido permanente de um mosquito no ouvido. 
Aquela tristeza, ali balançada, a inutilizar essa outra que é a minha. 
Pode muito bem viver-se com uma tristeza, desde que se mantenha silenciosa, discreta, arrumada, limpa e, sobretudo, útil.

14 comentários:

  1. a minha gosta dos bolsos... enrola-se nos cotões.

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  2. Já a minha mete-se no coração e não pára de o magoar.

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  3. Talvez possa organizar um workshop sudorninado ao tema organização e domesticacão de tristezas rebeldes.

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    1. a rebelde cá em casa é a alegria... a tristeza deixa-se afagar e adormece ao sol. :)
      mas se o workshop incluir domesticação de alegrias, conta comigo

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    2. Ora Manel... Somos contra a domesticacão da alegria... então?

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  4. "Olá, eu sou a Flor e sou triste há mais de três décadas..."

    (onde é que uma pessoa se inscreve?)

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    1. Considera-te inscrita. Vou redigir o programa. Será que devemos incluir Pavese, Cioran e outros infelizes?

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    2. (não te esqueças do Conde de Lautréamont)

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  5. Vim só deixar aqui o meu impresso de inscrição nos Tristes Anónimos...

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    1. Muito obrigada pela sua inscrição, Miss Smile. Pode começar a preparar o texto de apresentação.

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  6. a minha está espalmada, entre as folhas de um livro de poesia.

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    1. Parece-me uma excelente solução em matéria de organização de tristeza. Obrigada pela partilha do método. Quer integrar a equipa de conferencistas?

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    2. claro que sim! sinto-me muito honrada com o convite, mas aviso já que sou do contra, por principio...

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