terça-feira, 18 de junho de 2013

Cuca, a Pirata

Contava adquirir (é propositada a neutralidade do verbo) a embarcação indispensável aos desígnios da Pirataria numa feira chamada Nauticampo. Mas avisaram-me que, além de não se realizar por estes dias, não costumam lá ter expostos para venda barcos com a dimensão necessária para albergar condignamente uma tripulação Pirata. 
Depois de umas negociações falhadas com a Costa Cruise, acabei por aceitar uma daquelas ofertas que as financeiras tão gentil e insistentemente me enviam para a caixa do correio e fiz um leasing para aquisição desse barquinho da fotografia. O processo foi tão incrivelmente simples que, não se desse o caso de eu ser portadora de uma obstinação patológica, teria abandonado o projeto da Pirataria para me dedicar à menos original, mas ainda assim lucrativa, burla de locadoras. 
Dez assinaturas em papelinhos com letras tamanho cinco depois, ofereceram-me o barquinho e ainda me serviram um café.  
Claro que quando se vencer a primeira prestação, já eu e a minha tripulação teremos zarpado para os mares do sul, onde estaremos demasiado ocupados a aterrorizar toda a gente para ter tempo de assinar citações do tribunal. 



2 comentários:

  1. Cutty Sark? (imaginava-a mais Old Bushmills, mas as coisas são como são...)

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    1. Reconheço que não é a melhor de forma de começar esta carreira, mas a verdade é que era o único que estava disponível no catálogo da google.

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