Nem sei que impressão me causam as indecorosas notícias da tua infelicidade. A tristeza não endémica é uma mancha de óleo que alastra em chão branco. Toda a gente a nota.
Se ainda falasse a linguagem do mar, dir-te-ia que é pela mão dos que nos amam que a vida deixa de nos pertencer.
Que perdeste o direito de ser infeliz.
Que não foi para isso que agrilhei os meus pés ao mecanismo giratório desta claustrofóbica caixa de música.
Mas as bailarinas de plástico são mudas. Vivem concentradas no esforço de girar ao ritmo de três acordes repetidos até à náusea.
E nem sequer sabem que impressão lhes causam as indecorosas notícias da tua infelicidade.
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