acordei falsamente bem disposta, antes do despertador, como de costume. agora durmo menos. muito menos. e é curioso não acordar com olheiras.
fui ver e o tempo não está para praia, todo o céu é um cinza espelho brilhante. ainda sentia o orvalhar nos braços.
pesei-me ontem e desci a barreira dos 46,5. fingi importar-me.
fui ver e o tempo não está para praia, todo o céu é um cinza espelho brilhante. ainda sentia o orvalhar nos braços.
pesei-me ontem e desci a barreira dos 46,5. fingi importar-me.
resolvi ir tomar o pequeno almoço sozinha. grande asneira.
a minha cabeça parece um funpark com todos os brinquedos a funcionar em simultâneo. as músicas trocadas, plissadas, os palhaços, a nuvem gigante de algodão doce. as luzes a piscar numa cadência mais forte do que a que os meus olhos aguentam.
e a lagarta de cartola à espera dos 50 cêntimos para chocalhar-se toda debaixo de uma criança. enquanto a empregada foi buscar o galão e o pão com manteiga, fi-la sofrer: 50 cêntimos para se abanar toda sem os 15 quilos de carne em cima. os olhos piscaram de gozo enquanto a ladaínha fanhosa tocou. a volta de lagarta durou 37 anos e deixou ma mancha no meu pulmão esquerdo.
engoli a comida, o fim já em desespero. chegava mais gente ao café e eu não ia suportar. paguei a mais, não me virei quando gritaram da porta dizendo que faltava o troco. atravessei a rua carregando uma pedreira inteira dentro do peito e cheguei à porta de casa já de quatro, os joelhos esfolados.
o elevador subiu 3 anos luz numa lentidão sufocante. no 1 e no 2 o pânico da paragem e a possibilidade de ter que fazer o sorriso amarelo inerente à condição de vizinho.
fechei a porta atrás de mim e entrei aos tropeções pela casa, a tentar lembrar-me onde havia escondido a caixa de mim mesma. não o parti a meio. foi inteiro.
i hope i can make it through the day. o horóscopo alerta para gastos desproporcionados. vou às compras.
a minha cabeça parece um funpark com todos os brinquedos a funcionar em simultâneo. as músicas trocadas, plissadas, os palhaços, a nuvem gigante de algodão doce. as luzes a piscar numa cadência mais forte do que a que os meus olhos aguentam.
e a lagarta de cartola à espera dos 50 cêntimos para chocalhar-se toda debaixo de uma criança. enquanto a empregada foi buscar o galão e o pão com manteiga, fi-la sofrer: 50 cêntimos para se abanar toda sem os 15 quilos de carne em cima. os olhos piscaram de gozo enquanto a ladaínha fanhosa tocou. a volta de lagarta durou 37 anos e deixou ma mancha no meu pulmão esquerdo.
engoli a comida, o fim já em desespero. chegava mais gente ao café e eu não ia suportar. paguei a mais, não me virei quando gritaram da porta dizendo que faltava o troco. atravessei a rua carregando uma pedreira inteira dentro do peito e cheguei à porta de casa já de quatro, os joelhos esfolados.
o elevador subiu 3 anos luz numa lentidão sufocante. no 1 e no 2 o pânico da paragem e a possibilidade de ter que fazer o sorriso amarelo inerente à condição de vizinho.
fechei a porta atrás de mim e entrei aos tropeções pela casa, a tentar lembrar-me onde havia escondido a caixa de mim mesma. não o parti a meio. foi inteiro.
i hope i can make it through the day. o horóscopo alerta para gastos desproporcionados. vou às compras.
Sem comentários:
Enviar um comentário