Chegaste a casa.
Pela última vez.
Esta podia ter sido a imagem da nossa última conversa quinze dias antes de eu te abandonar; mas as condições não eram exactamente as mesmas.
Ainda assim, lembras-te que me sentei no chão para te ouvir? Foi para poder, apesar das circunstâncias, olhar para cima para te ver. Cumpri o que me pediste, o melhor que pude. Ires para casa foi um bónus. Espero que aprecies.
Diz-me porque é que ainda não consigo deixar de sofrer aquele teu sofrimento.
Diz-me porque é que ainda não consigo deixar de sofrer aquele teu sofrimento.
"É preciso não esquecer nada:
ResponderEliminarnem a torneira aberta nem o fogo aceso,
nem o sorriso para os infelizes
nem a oração de cada instante.
É preciso não esquecer de ver a nova borboleta
nem o céu de sempre.
O que é preciso é esquecer o nosso rosto,
o nosso nome, o som da nossa voz, o ritmo do nosso pulso.
O que é preciso esquecer é o dia carregado de atos,
a idéia de recompensa e de glória.
O que é preciso é ser como se já não fôssemos,
vigiados pelos próprios olhos
severos conosco, pois o resto não nos pertence."
Cecília Meireles
Concede-te a graça de um time-out.
LY.
C.
E a todas as mulheres a graça de terem homens.
ResponderEliminarA resposta, parece-me, está na etiqueta.