Qui saudadjé di ocê.
O calor que fugiu daí instalou-se aqui. Veio clandestino num navio enorme, ao lado de mulheres gordas com vestidos claros e pele escura que atiram búzios sobre a mesa e nunca prevêem ataques de sinusite. O mesmo navio que também trouxe o teu postal que me caiu hoje no colo juntamente com a gota de água que escorreu do aparelho do ar condicionado. Outra vez avariado.
Deram-me um escadote metálico, um buraco no tecto e um técnico incompetente. Falava a música que ouves por aí. A que cantava a empregada que me serviu um sumo de goiaba, daqueles que se compram em cubinhos congelados e que viajam no tal navio do calor, das mulheres gordas e do postal.
A única novidade que tenho para te dar é que há uma petição a correr pelos cafés do país para incluir a palavra “mudasti” no dicionário. Podes usá-la nos teus poemas. Desde que não falem de ti.
P.S. Diz ao teu síndico que quando te for visitar lhe levo morcelas de arroz.
P.S. 1 Com a tua tendência para o bizarro, gostarás de saber que conheci um homem que consegue acender o fogão da cozinha com isqueiro sem gás.
mas quem é este, afinal?
ResponderEliminarÉ um amigo que foi viver para o Brasil. Não sejas ciumenta.
ResponderEliminarmas eu SOU ciumenta. e possessiva. e tudo isso.
ResponderEliminarUm homem que acende o fogão com um isqueiro sem gás? deve ser Jedi....
ResponderEliminarS.A., Não sei o que é, mas posso jurar que não o imaginei!
ResponderEliminarMedusa, quando te tirarem de circulação e te internarem num sanatório (mesmo que não seja no Brasil), eu prometo que também te envio postais.
ResponderEliminarThey will never catch me. Eat my dust.
ResponderEliminarE o postal vindo dji ôtra banda? Foi imaginado ou é real?
ResponderEliminarAqui, a única que imagina coisas é a Medusa...
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