À espera.
Para roer as partes mais cansadas do corpo.
O silêncio a pesar na curva das pernas. As sombras a lembrarem-me que vias cães doentes pendurados no tecto quando te deitavas,
assim, vazio de tudo o resto.
Lá fora, o jardim imóvel confunde-se com um cemitério.
À espera.
Aquela árvore sem folhas poderias ser tu,
Empoleirado na minha janela a escarnecer da gravidade de um outro olhar que desiste.
Numa madrugada assim tudo se torna possível.
Até sentir a paz que te ficou do voo eterno em que te lançaste.
À espera.
Enquanto a noite durar, evitar os espelhos.
E os tectos onde balançam animais doentes.
E o silêncio que esmaga os ossos cada vez mais pesados.
E o jardim, lá fora, que se confunde com um cemitério.
À espera.
a cuca, a pirata desculpe-me, mas às vezes parece estar falando com quem a lê. devem ser as mágoas que, como são todas iguais, confundem os sujeitos.
ResponderEliminaré do caralho. mas é bonito, muito bonito.
É como diz. As mágoas são todas iguais! Bem reaparecido. :)
EliminarUau! Bom! Muito, mesmo.
ResponderEliminarEsse convés...
ResponderEliminar... Assombrado!!
Eliminare nós, que gostaríamos de escrever, apenas metade de ti
ResponderEliminarÀ espera.