Um Sistema de Relação
Considere-se o caso em que A é igual a 1.
Obtém-se a função ípsilon igual a X à vida inteira
partindo da convicção que nenhum amor é para sempre
sendo A o mínimo absoluto do que és capaz de amar
e 1 uma falha de expressão comum ao tempo
em que sofrias fechada num quarto
a sentir uma régua de luz com origem sobre o teu rosto
a definir a região inundada do teu espaço
à medida que o tempo ocupa uma parte da cidade
e a tua situação representada numa estação de comboios
onde o esquema da vida se define por perpendiculares
aos dias cruzados na tua memória
sendo cada dia um gesto que te posiciona
em relação a todos os medos
mentiras de origem abjectas
e a proporção de ípsilon na mais estranha irracionalidade
no centro de um jardim onde se passeia geometricamente
apenas com o pensamento intimamente ligado
por símbolos de circunferência e dimensões harmoniosas
comparando o valor da vida à mais bela arquitectura
da experiência e da perda
um processo prático desenvolvido no laboratório
das horas mais simples e gráficas
ordenadas de uma forma circular
no teu caso um valor compreendido
entre duas questões humanas
por comparação do que foi destruído
pois há uma maior concentração de tristeza nos teus olhos
se designarmos por sofrimento algumas atitudes provocadas por 1
e se traçarmos duas rectas de amor paralelas à desigualdade de amar
e que passem pelos dias intuitivamente felizes
nesse quarto classificado de nuvens pesadas
onde a tua vida é agora inferior à média da felicidade
se concluirmos que o estado de ser feliz é um ponto diário
que varia de predominância e influência
nos tempos nulos condenados e negativos
na figura mínima encostada ao balcão do álcool
numa noite de cubos de gelo
e o que uma bebida especial
servida à mistura com a estratégia das palavras fez dos teus planos
calculando agora o valor referente aos lucros do amor e das promessas
introduz as marcas do teu corpo e obténs as medidas do teu prejuízo
define o tempo correspondente a cada acto de amor
seleccionando o menu da tua experiência
e tens uma lista que confirma o historial da tua personalidade
para que função o problema X tem significado
se o volume da tua casa tem todas as janelas fechadas
e o teu corpo é um fio de comprimento que mede a solidão dos dias
ou se os teus braços já não traçam uma recta de prazer abaixo da cintura
ou ainda se o teu sexo é um foco distante que se fecha em curva
e não há intersecção nem arco entre dois corpos
considerando as arestas da tua vida propriedade de defesa
uma estimativa do tempo ao fim do qual tudo se perde
e tens deste modo um amor protagonizado pelo desespero
sujeito às regras da obediência e da ilusão.
Obtém-se a função ípsilon igual a X à vida inteira
partindo da convicção que nenhum amor é para sempre
sendo A o mínimo absoluto do que és capaz de amar
e 1 uma falha de expressão comum ao tempo
em que sofrias fechada num quarto
a sentir uma régua de luz com origem sobre o teu rosto
a definir a região inundada do teu espaço
à medida que o tempo ocupa uma parte da cidade
e a tua situação representada numa estação de comboios
onde o esquema da vida se define por perpendiculares
aos dias cruzados na tua memória
sendo cada dia um gesto que te posiciona
em relação a todos os medos
mentiras de origem abjectas
e a proporção de ípsilon na mais estranha irracionalidade
no centro de um jardim onde se passeia geometricamente
apenas com o pensamento intimamente ligado
por símbolos de circunferência e dimensões harmoniosas
comparando o valor da vida à mais bela arquitectura
da experiência e da perda
um processo prático desenvolvido no laboratório
das horas mais simples e gráficas
ordenadas de uma forma circular
no teu caso um valor compreendido
entre duas questões humanas
por comparação do que foi destruído
pois há uma maior concentração de tristeza nos teus olhos
se designarmos por sofrimento algumas atitudes provocadas por 1
e se traçarmos duas rectas de amor paralelas à desigualdade de amar
e que passem pelos dias intuitivamente felizes
nesse quarto classificado de nuvens pesadas
onde a tua vida é agora inferior à média da felicidade
se concluirmos que o estado de ser feliz é um ponto diário
que varia de predominância e influência
nos tempos nulos condenados e negativos
na figura mínima encostada ao balcão do álcool
numa noite de cubos de gelo
e o que uma bebida especial
servida à mistura com a estratégia das palavras fez dos teus planos
calculando agora o valor referente aos lucros do amor e das promessas
introduz as marcas do teu corpo e obténs as medidas do teu prejuízo
define o tempo correspondente a cada acto de amor
seleccionando o menu da tua experiência
e tens uma lista que confirma o historial da tua personalidade
para que função o problema X tem significado
se o volume da tua casa tem todas as janelas fechadas
e o teu corpo é um fio de comprimento que mede a solidão dos dias
ou se os teus braços já não traçam uma recta de prazer abaixo da cintura
ou ainda se o teu sexo é um foco distante que se fecha em curva
e não há intersecção nem arco entre dois corpos
considerando as arestas da tua vida propriedade de defesa
uma estimativa do tempo ao fim do qual tudo se perde
e tens deste modo um amor protagonizado pelo desespero
sujeito às regras da obediência e da ilusão.
Fernando Esteves Pinto
A tristeza e o desespero podem ter a sua beleza e magia, mas são tristes e desesperantes, por mais maravilhosa que seja a sua melodia.
ResponderEliminarAcho que era isso que o poeta queria dizer :)
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