quarta-feira, 15 de setembro de 2010

VERMES



Não sei quem foi o autor da popular metáfora das borboletas no estômago.
Sei que foi n´”O Deus das Pequenas Coisas” de Arundhati Roy que li, pela primeira vez, a metaforização da angústia numa traça alojada no peito.
Juntando as duas, parece-me legítimo concluir que as borboletas do estado inicial da paixão tendem a deslocar-se do estômago para o peito e a transformar-se em traças. Onde abrem as asas e esticam as patas. E passam o seu tempo a estraçalhar.
Não tenho nada contra borboletas. Mas sempre detestei as traças.

4 comentários:

  1. Não acho piada nenhuma às borboletas. Nunca achei. Mentira: quando era garota gostava de as desenhar. Toda a gente faz borboletas da 1ª à 4ª classe!
    A esse sentimento chamo: tesão fodido.

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  2. Eu gostava de desenhar porcos. Vá-se lá perceber porquê.

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  3. tenho uma infestação de traça de livro.
    hard to kill.

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  4. comprei livros novos para as enganar. mas continuam a preferir alimentar-se da minha alma.

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