Mar inesgotável que desliza no silêncio.
Ponho o ouvido à escuta de encontro ao mundo:
ouço-me para dentro. Mal posso
dar no mundo um passo
sem tremer: sinto-me
balouçado num sonho imenso, ando
nas pontas dos pés.
E estou só e a noite.
Há palavras que requerem uma pausa e silêncio.
(...)
Herberto Helder, Poemas Completos
Também diz: «Se acaso vires na rua um homem iluminado, não o abordes com palavras, não o abordes com silêncio. Conduz o teu cavalo sobre o fio de uma espada, oculta-te como puderes no meio das labaredas.»
ResponderEliminarPois diz. E é tão bonito o que diz...
Eliminardesde os gregos, talvez desde o início da consciência,
ResponderEliminaro pessimismo tem mantido acesa a candeia da lucidez
Creio que até lhe podemos chamar realismo, de tão lúcido que é algum pessimismo...
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