Reafirmação do Romance
É o que é, como eu sou o que sou:
E percebendo isto, percebo-me melhor a mim
em cada um aquilo que o outro tem para dar.
Só nós dois somos um; não tu e a noite,
Tão a sós, tão profundamente por nossa conta,
Tão além de ocasionais solidões;
cada um na suprema verdade de si próprio,
na pálida luz com que nos iluminamos mutuamente.
In Wallace Stevens
Tradução miserável by Cuca, na falta de melhor e receptiva às vossas sugestões
O original:
Re-Statement of Romance
The night knows nothing of the chants of night.
It is what it is as I am what I am:
And in perceiving this I best perceive myself
It is what it is as I am what I am:
And in perceiving this I best perceive myself
And you. Only we two may interchange
Each in the other what each has to give.
Only we two are one, not you and night,
Nor night and I, but you and I, alone,
So much alone, so deeply by ourselves,
So far beyond the casual solitudes,
That night is only the background of our selves,
Supremely true each to its separate self,
In the pale light that each upon the other throws.
Se eu fosse o X, estava felicíssima ! A tradução está soberba, Grande Capitã, e o poema é lindíssimo.
ResponderEliminarBeijinho
"O meu labor consiste em fazer com que eu próprio ajuste cada vez mais ao meu gosto pessoal o clima geral do poema já português: a temperatura da imagem, a velocidade do ritmo, a saturação amosférica do vocábulo, a pressão do adjectivo sobre o substantivo." diz Herberto, sobre a tradução da poesia, em Photomaton & Vox.
ResponderEliminarO que se pode dizer sobre o poema de Wallace Stevens, visto a esta nova luz é que parece ter nascido em português: magnífica tradução.
Obrigada pela vossa indulgência :)
ResponderEliminarCreio, M D, que o Xilre sabe que é uma vil tentativa de o manipular, obrigando-o a traduzir o Note on Moonlight que é cem vezes mais difícil...