- " A despedida é uma dor tão suave que te diria boa noite até ao amanhecer"
Diz Romeu, esse cobarde, sem nada saber de despedidas, dores, noites e amanheceres.
A despedida, na forma de gesto continuado, contém o equivalente psíquico à dor de "ir arrancando" um dente.
A coragem dos pragmáticos impõe um abraço de trinta segundos, um rápido afastamento na direção oposta e nenhum último olhar.
E é assim que deve ser.
Na pressa da saída, é claro, não convém deixar a alma esquecida.
Ali, largada no meio do chão.
Talvez não sejam apenas os pragmáticos que se despedem assim; eu que de pragmática tenho quase nada também o faço mas apenas, para que o tenha de doer, doa tudo de uma vez.
ResponderEliminarIsso parece-me muito pragmático :)
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