sexta-feira, 10 de junho de 2011

la nuit

na rua, começam a deixar de passar as pessoas com os cães.

de regresso a casa. pelos caminhos ondulantes de uma bebida fresca.
sem sapatos. no sofá.
janela aberta.
na cabeça, tanta coisa floreada. riem juntos.

num discurso de gargalhadas tentou explicar que estudou a sequência dos semáforos do Largo durante três quartos de hora. no fim da tarde de ontem. enquanto lanchou na pastelaria de esquina. determinou o momento de funcionamento das luzes em que há mais trânsito a entrecruzar-se sob as sombras dos jacarandás.

silêncio. e de novo riso, tanto riso que ele quase não conseguiu dar um nó nas meias de ligas. fez delas uma venda sobre os olhos dela. "para que é que queres isto, querida?"

é daquelas noites em que nem tentou pentear o cabelo. e vestiu um vestido verde.
vai, descalça, brincar à roleta russa para o meio do cruzamento.

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