A bailarina já não gira aprisionada numa caixa de música. Fez do tampo o seu palco e dança e dança e dança até gastar os sapatinhos de plástico prateados.
Sobre ela há de cair a noite de hoje e mil e uma outras. A bailarina dobra-se, por vício ou reflexo condicionado, na vénia à plateia imaginária. Ninguém bate palmas. A bailarina ainda não sabe. Mas, liberta, já dança sozinha para essa outra figura que a espera, do outro lado do espelho da caixa de música.
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