quinta-feira, 7 de junho de 2018

Traças

Há uma traça no ninho de borboletas. Um bater de asas desenfreado, nervoso. Os tecidos do estômago consumidos na avidez do verme. A picada inconfundível de uma pata que se estica e demora a encolher-se. O sintoma não me é estranho. Conhecemo-nos dos espelhos altos. Dos finais de tarde de chuva morrinha. Das notas agudas do piano. É o princípio do fim.

2 comentários:

  1. Então, nobre pirata?!
    Tempestade alguma dura para sempre.
    Nada que um Miles, um Coltrane ou uma Nina resolvam? Piano a solo não dá vontade de dançar.

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