Talvez seja mesmo necessário passar duas horas e meia enfiada num avião, aterrar em Lisboa e assistir sozinha a "Midnight in Paris" (Woody Allen), para perceber que existe qualquer coisa de absurdo em ficar debaixo do campanário de uma igreja à espera da boleia de um automóvel de outros tempos que nos transporte para uma era que, por já ter passado, não pode nunca mais ser a nossa.
Há quem consiga ocupar o mesmo espaço em diferentes tempos. E há quem tenha de apanhar aviões, abdicando do espaço, para conseguir viver no tempo presente.
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