quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Enquanto dormíamos

A noite roubou alguns minutos ao dia. O mar engoliu a praia e regurgitou pedras redondas e escuras. Entre a minha janela e o mar surgiu um campo verde habitado por vacas. Uma aranha construiu uma teia por baixo da portada do quarto. Dentro do Doutor Fausto, aproximadamente cinquenta páginas depois do final da primeira aparição do demónio, um marcador largou uma mancha de tinta. Um estranho cheiro a bolo de limão apoderou-se da minha cozinha.

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