quinta-feira, 2 de abril de 2015

RIP


Hoje a liberdade é tida como um direito absoluto. Mas não há liberdade absoluta. A liberdade não é sequer um direito. A liberdade é um dever, um dever fortíssimo. A liberdade é o respeito pelo próximo. O Espinoza dizia: nós supomo-nos livres porque ignoramos as forças que impedem os nossos actos. De maneira que há forças que nos são estranhas, não somos nós. Eu sinto-me um joguete, uma marioneta. Sou conduzido por forças que ignoro. Eu sinto isso, eu pressinto isso

4 comentários:

  1. muito bem, excepto "O".

    infelizmente não foi essa a atitude generalizada acerca da liberdade de expressão ainda há dois meses.

    mas concordo. quando me perguntam, qual o motivo para seres ateu? eu escolhi ser cristã. minha cara, eu , alem de ser agnóstico, nada escolhi, aquilo que me parece ser mais provável brota na minha mente a partir do que vejo e leio, e, se tivesse nascido na península arábica, possivelmente a minha cara teria "escolhido" outra coisa.

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    1. Caro Quiescente, já sabe que nessa parte não concordamos. Os limites que reconheço à liberdade de expressão não podem impedir os indivíduos de satirizar qualquer religião.

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    2. mas, por mais ridículo que possa parecer , sabe-se agora terem existido limites à sátira, e isso, cara Cuca, é um pecado mortal para um arauto da liberdade.

      além de que a expressão nunca se encontrou restrita à sátira religiosa. em síntese, em qualquer sociedade não anárquica não podemos dizer publicamente aquilo que nos apetecer quando o alvo do argumento são pessoas com os seus próprios direitos. imagino muitos de nós com as mais fundamentadas dúvidas acerca da seriedade de figuras públicas. não nos dá o direito de usar o megafone.

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    3. Não, não dá esse direito. De facto.

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