Nós, os itinerantes, pese embora estejamos sempre a informar que estamos a chegar, na verdade, estamos sempre quase a partir.
E só fazemos sentido numa sala de embarque de aeroporto ou numa estação de serviço da auto-estrada. Momento único em que já não estamos em falta e ainda não estamos em falta.
Bem aventurados os itinerantes, porque deles é o Império do Meio (do percurso, claro).
ResponderEliminarOnde nem sempre mora a virtude, no entanto.
EliminarRoubo a frase a Julio Costazar (Rayuela), «Andábamos sin buscarnos, pero sabiendo que andábamos para encontrarnos.»
ResponderEliminarE é muito bem roubada. Até os exílios são locais de encontro.
EliminarEm contrapartida, durante uma relaxante caminhada consciente estamos a cada passo no ponto de partida e no de chegada em simultâneo, um pé em cada margem.
ResponderEliminarE afinal o que é a vida senão uma sucessão de pequenos passos.
Uma sucessão de passos intervalada por umas quantas quedas.
EliminarDe facto, cara Cuca. Infelizmente parece inevitável.
EliminarDeus pode ter-nos posto à sua semelhança mas sem dúvida adicionou fragilidade em excesso ao reflexo.
Abraço.
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ResponderEliminaras minhas desculpas. tratou-se de um eco.
ResponderEliminarabraço.