Fui acordada pelas asas aflitas do pássaro que, nos meus sonhos, entrou nessa casa em ruínas, sobre o mar, e procurou a janela despida de vidros de encontro à parede cega.
Poderia dizer que onde um dia estiveram os teus braços abertos, ficaram as asas desesperadas de um pássaro que por engano se aprisionou e em breve morrerá.
Morre-se da violência que se imprime à necessidade de nos libertarmos.
Mas o sonho pertence-me e sou demasiado egoísta para sonhar com qualquer coisa além de mim.
És ausente do sonho. Percebo que o pássaro que no desespero da necessidade do infinito azul tatua as paredes das ruínas com o seu próprio sangue, sou eu.
E por falar em pássaros (azuis),
ResponderEliminarhttps://www.youtube.com/watch?v=lyMS4qJ8NXU
Bukowski também era Pirata.
Eliminar(Adoro esse poema. Obrigada G)
As cadeias que criamos e que invisíveis nos prendem aos coalecantos que teimam em não se deixar extinguir, são as mesmas que nos tolhem as asas azuis e que nos fazem deixar impresso a ferro e púrpura o desgosto que nos amarra às recordações.
ResponderEliminarÉ mesmo assim, é.
EliminarNo header duas questões relevantes: a pirata está virada à proa ou à ré? Não pode ser à ré dado os maus presságios que a orientação invoca. Falta um brinco, em forma de manilha, na orelha esquerda, indicação fundamental de que é pirata e que em troca do brinco lhe farão um funeral condigno, caso dê à praia, depois de atirada borda fora. O brinco assegurará a cobertura das despesas.
ResponderEliminarMH
O brinco está escondido pelo cabelo para não ser roubado pela tripulação.
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