sábado, 6 de junho de 2015

Feira

Outra vantagem de ser Pirata e viver neste navio é a absoluta isenção de culpas por não ir à feira do livro e assim perder essa maravilhosa oportunidade de, ao som dos anúncios das sessões de autógrafos dos escritores, ser atropelada por carrinhos de bebé e por crianças a correrem com cornetos de chocolate na mão que invariavelmente se sentem atraídos pelos meus vestidos.
Não sei quando é que a feira do livro deixou de ser o velho e feliz encontro de nerds caçadores de bizarrias e passou a ser aquilo que agora se chama de evento familiar e que, na realidade, é um mau nome de código para local onde demasiadas pessoas vão fazer nada em conjunto com desconhecidos. 
Considerando que, com exceção de livros, não há lá nada para ver, quem passar no Parque Eduardo VII num sábado à tarde de inícios de junho jamais poderá acreditar nos níveis de iliteracia nacionais.

6 comentários:

  1. Sem dúvida.
    Há muito que lá não ponho os pés, embora por outro motivo, livros suficientes para ler em várias vidas, todos ali à espera, ansiosos, nas estantes de papel e nas estantes digitais.

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  2. Querida Cuca, a Pirata,
    A feira do livro soará a espécie de feira medieval, induzindo o público em erro. Por outro lado, encontram-se lá lombadas que vão bem com a estante.
    Um beijo,
    Outro Ente.

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    1. Para o ano talvez ponham um porco a assar no espeto, lá no meio dos livros.

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  3. Porque não vai ao alfarrabista se é de caça que gosta?

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    1. Vou. Mas aproveito na mesma para dizer mal da feira do livro.

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