algures entre a segunda e a terceira dança.
Era difícil,
no espaço entre dois versos,
unir as mãos e dançar contigo
todos os acordes do infinito.
Mas quando se aprende a viver
dentro de um livro de poemas,
Amor,
não se retorna à claustrofobia dos espaços.
Sou a habitante discreta de todas as caixas de magia.
Espreito do interior dos espelhos desta casa
E adormeço dentro dos quadros.
Às vezes navego no veleiro pendurado sobre o piano
E outras, muitas, quase todas,
Amanheço no crepúsculo do Van Gogh
que resgatámos de uma noite de Nova Iorque.
Ancorada nos teus pés,
deixei de deambular, sonâmbula,
sob a lua das praias geladas
e de me pendurar, pelas sombras,
nos mais escuros telhados de lisboa.
E são teus os dias, as noites,
Todos os crepúsculos e todas as albas.
Mas quando não souberes de mim,
Amor,
procura-me nas coisas inanimadas,
para as quais ainda me arrasta
esta estranha sede de magia.
Uma declaração mágica de amor.
ResponderEliminarTão bonito, o poema!
Bom dia, Cuca! :)
Obrigada, Maria. Bom sábado.
EliminarLindo, este poema.
ResponderEliminarObrigada, Noodles.
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