No espaço de tempo em que um barco de velas negras cruza o horizonte e a Nina Simone, vinda das colunas penduradas nas palmeiras, faz a sua magia e vou observando o meu pé esquerdo ganhar uma tonalidade castanho-arroxeada, o verão vai-se instalando em mim, como aqueles programas informáticos que nos avisam que há uma instalação em progresso. E eu deixo o verão chegar, sem receio de vírus destruidores de software, porque já longínquo vai o agosto em que todo o solstício foi engolido na chama de uma explosão e o sol e o mar e o azul estilhaços de coisa maior, a arder-me nas veias como veneno.
E o tempo, como diz o bom povo que sempre tem razão, cura tudo.
(Quase te vim ofender, quando li este post. É que não há solidariedade nenhuma na blogosfera... Caramba...)
ResponderEliminarPosso acrescentar que o gin tónico também não está mau...
EliminarGrrrrrr!
Eliminar(Há dias descobri (aposto que já toda a gente conhece) um gin do alentejo. Adorei.)