Por outro lado, enquanto ouvia o Adagio for Strings de Bernstein, pensei que pode sempre conjeturar-se serem os Anjos de Swedenborg, retratados por Borges em O Livro dos Seres Imaginários, nada menos do que a face inicial dos Nephilim.
Pois que outra coisa que não a queda se pode seguir a um idílio feito de almas regidas pelo amor; a quem o céu se oferece na bandeja da livre escolha; cuja matéria é nada menos que a de um ser humano perfeito e o espírito de uma elevação arrogante que prescinde das palavras na comunicação?
Os Anjos de Swendenborg, deitados nos jardins do éden, qual condomínio privado, desprovido dos pobres de espírito e dos ascetas - excluídos do céu pelo pecado da incapacidade de compreensão dos seus prazeres - só podem ser os antecessores dos Nephilim, os anjos caídos.
Sabe-se de ciência certa que à ascensão se segue a queda e o adágio não será menos verdadeiro quando reportado a uma comunidade regida pelo amor. Mesmo que Anja.
Suspeito, até, que o problema terá começado aqui: "Duas pessoas que se amaram na terra formam um único Anjo"
Borges consegue fazê-lo parecer bonito. Mas, na verdade, é um presságio terrível...
A segunda parte, pelo Xilre, essa autoridade em Nefilins.
Anónimo ingrato! Andam dois bloggers a desfazer-se em atenções para agradar a um ente sem nome e nem sequer vem aqui fazer a crítica!!!!
ResponderEliminarOh,minha Pirata angélica! Caída dos céus para os meus infernos, dos meus dias entornados a cafés até me embrulhar nos negrumes da noite, este post foi a estrela na cabeça da serpente.
ResponderEliminarO xilre não dá cunfia a anónimos, mas vós sois os meus amores para todo o sempre. Tendes a minha dedicação de artes e partes (mais ou menos gagas) nos vossos canteiros de palavras.
Ah, assim está muito melhor :)
EliminarNo momento em que todos têm direito à palavra na internet, damo-la aos idiotas. Diria Umberto Eco.
ResponderEliminarIdiotas assim no sentido de criadores de ideias? :)
EliminarObviamente — replicar-se-á. É certo que sim. Todavia, o que é que adianta a uma ideia, pensar que é legitimo tomar a palavra?
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