Todos deverão obedecer às ordens dadas de forma cortês; o capitão terá uma parte e meia de todas as presas; o patrão, o carpinteiro, o mestre de equipagem e o canhoneiro uma parte e um quatro.
Todos os que procurarem desertar ou esconder seja o que for à confraria serão abandonados em terra com uma medida de pólvora, uma garrafa de água, uma arma pequena e munições.
Todos os que roubarem seja o que for à confraria ou que apostarem um valor superior a uma piastra serão abandonados em terra ou fuzilados.
Sempre que encontrarmos outro Pirata, quem consignar estes artigos sem o consentimento da nossa confraria sofrerá a punição que o capitão e a confraria julgarem conveniente.
A todos que agredirem outros enquanto os presentes artigos estiverem em vigor será aplicada a lei de Moisés (isto é, quarenta golpes menos um) nas costas nuas.
Todos os que inutilizarem as suas armas, ou fumarem tabaco no porão sem ter posto um resguardo no cachimbo ou que andarem com uma candeia alumiada fora de uma lanterna serão submetidos ao tratamento previsto no artigo anterior.
Todos os que não tiverem as suas armas prontas a servir, ou que não comparecerem no seu posto, serão privados da sua parte e sofrerão o castigo que o capitão e a confraria julguem convenientes.
Todos os que perderem uma articulação nos combates, receberão quatrocentas piastras. Se for um membro, oitocentas.
Se em qualquer momento nos encontrarmos em presença de uma mulher honesta, todos os que quiserem apoderar-se dela serão imediatamente mortos.
As leis do navio pirata Revenge, segundo Gilles Lapouge, in, Os Piratas.