A partir de uma certa altura foi tudo demasiado. A casa era desproporcional ao tamanho dos corações. Esconderam o vazio atrás das estátuas de bronze e embrulharam as noites no linho egípcio. Ninguém dançou a música que saiu das colunas de design. A porcelana serviu pratos requentados. Foram anfitriões de festas para desconhecidos. Exportaram a solidão para todos os continentes e regressaram sempre com uma quantidade superior. Uma noite, na ópera, ficaram presos no palco.
Até o tempo foi demasiado quando, por fim, o pano acabou por cair.
Coerentemente, era feito da mais pura seda.
Amaram como indigentes.
Morreram como reis.
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