No linho da cama que balouça sobre a maré vimos a noite dissolver o dia. Estendes sobre os meus pés nus uma manta de constelações e, ao ouvido, contas-me estórias do oriente.
Falas-me do jardim de laranjeiras, dos cavalos alados de um vizir e da princesa moura que se aprisionou nas ameias de um castelo longínquo.
As gaivotas vêm abrigar-se na tua sombra lunar e eu sei, daquela forma como se sabem as coisas que são, que a minha adaga, esta noite, não será manchada pelo teu sangue.
Post dedicado a Outro Ente, que prometeu partir-me o coração em sete dias.
Pareceu-me ler aqui um prólogo para um quadro de Artemísia Gentileschi (figura fascinante, que pintava mulheres com adagas...)
ResponderEliminarPintou uma das minhas Judites preferidas.
EliminarEntão, é assim que uma pirata dá as boas noites... (descansa Cuca, ainda não chegou a hora de eu partir.
ResponderEliminarAmanhã, mostrar-te-ei o Lobo do Mar.)
Essa manobra do lobo do mar foi um golpe profundo. Eros me valha!!
Eliminar:)