quando ninguém está a ver,
quando a cidade já dorme embalada
pelo som dos eletrodomésticos,
fujo para a praia,
descalça,
na minha camisa de dormir branca,
de louca,
cabelos soltos e desgrenhados,
de louca.
E, então,
sob o olhar da grande lua
desafogo-me na água fria do mar,
limpo a ausência das veias,
desenho na praia deserta
as sombras circulares da minha dança,
de louca.
E quando a luz da manhã me reencontra
no linho dos lençóis,
ao desfazer do feitiço,
pés gelados,
mãos salgadas,
areia entre os dentes,
sei que foi a tua mão que me devolveu.
É bom ter uma mão amiga para nos devolver à realidade.
ResponderEliminarÀ segurança. Não necessariamente à realidade.
Eliminarhttps://www.youtube.com/watch?v=ZWtg8z4uzL0
ResponderEliminarAdoro.
EliminarMesmo louca, com um sentido de estilo apurado. Só assim se explica a escolha da cor da camisa de dormir. ;)
ResponderEliminarLouca que é louca foge descalça e de camisa de dormir branca e até aos pés. Vem nos livros.
EliminarQue Bonita essa Loucura.
ResponderEliminarbeijos
RM
Vindo de ti, isso deixa-me muito contente.
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