Diluiu-se na manhã o peso da tua ausência.
Para se recondensar ao anoitecer,
no interior dos ossos,
que é onde guardo
- como se assim os tivesses deixado esquecidos -
o infinito azul do mar;
todas as estrelas de Orion;
o declive da montanha;
os ninhos das gaivotas;
a última onda da baía;
um peixe albino cujo nome já esqueci;
o poema embrulhado em cartolina pintada;
mil distintas notas de jazz;
os teus pés egípcios e
o crepúsculo de uma varanda sobre o mar.
todas as estrelas de Orion;
o declive da montanha;
os ninhos das gaivotas;
a última onda da baía;
um peixe albino cujo nome já esqueci;
o poema embrulhado em cartolina pintada;
mil distintas notas de jazz;
os teus pés egípcios e
o crepúsculo de uma varanda sobre o mar.
Sou fiel depositária das coisas tuas,
que guardo no interior dos ossos.
E que me pesam,
ao anoitecer.
O que eu gosto de a ler a altas horas da noite, poeta!
ResponderEliminaruma coisa a riscar da lista...
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