sábado, 19 de dezembro de 2015

Da culpa

Se um homem é todos os homens, como pretende Borges, a todos os homens pertence a culpa de um único homem. Carrego no inconsciente o peso não expiado dos crimes de milhões de desconhecidos. Não é de todo injusto. Só por um feliz encadeamento de incontrolados acasos foram outros a cometê-los por mim. 

2 comentários:

  1. (talvez já conheças)

    «Há pouco tempo um jornalista maneta (e impertinente) julgou que podia fazer troça de Borges com a típica grosseria dos mesquinhos: "Você ficou cego de tanto plagiar?", perguntou-lhe. Borges respondeu-lhe com outra pergunta: "E você ficou maneta de tanto escrever?"» (Contado por Manuel Peyrou)

    ;)

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