quinta-feira, 19 de março de 2015

Matrimónio espiritual

Encontro nas palavras de uma personagem de Ibsen a definição possível. 
Pode o espírito autonomizar-se dos nossos projetos, da nossa história e até da nossa vontade racionalmente fundada e enlaçar-se, sem licença, com um outro espírito? 
Talvez um discípulo de Freud, habituado à subjugação do ego, descrente do livre arbítrio, não tivesse dificuldades em aceitar tal rebeldia. 
Mas quando se crê no poder da vontade, acima de todas as coisas, como aceitar um matrimónio espiritual celebrado contra nós próprios? O que fazer com um espírito que se rebela como um filho ingrato? 
Vou mas é comprar sapatos.

2 comentários:

  1. Cara Cuca,
    Amar o amor, amar a abstração que é o conceito amor, não implica saber amar o particular. Só com a união de corpo e espírito o amor se concretiza.
    Boas compras.
    Outro Ente.

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