A mim, que sou do mar, não sei de onde me vem esta saudade do deserto. Uma aurora feita de pó, o sabor da areia na boca, a recordação de um fio de azul a reaparecer por entre as dunas, o cheiro da gruta onde desenhámos o que talvez fosse o futuro.
Essa noite feita de estrelas e de frio à qual sempre regresso quando adormeço.
Pirata, pirata... Um dia essas dunas beberam do mar salgado, submergidas, e monstros marinhos rastejavam sobre e dentro delas. O oceano recuou mas a areia ainda guarda nas dunas o movimento das ondas do seu amado mar.
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